O nome que é dele, nela está
Assim como o outro ele,
Nasceu renomeado com o nome
Da companheira de outrora
E só os anjos sabem quiçá os santos
Quantos nomes teremos,
Em tantas vidas que viveremos.
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Sentando o dedo
Uma palavra de grosso calibre
É munição certeira nas mentes adormecidas
Se os dedos e os olhos estão em sintonia
O alvo não escapa.
Um verso beligerante é como uma rajada
É de fazer viver como os que matam
Se a lírica esta afiada
Sempre acerta.
O poeta é catalizador de catástrofes.
É franco atirador de flores em meio a selvageria
A precisão milimétrica lhes faz de "elite"
E sua cartucheira estará sempre preparada,
...para o próximo tiro!
É munição certeira nas mentes adormecidas
Se os dedos e os olhos estão em sintonia
O alvo não escapa.
Um verso beligerante é como uma rajada
É de fazer viver como os que matam
Se a lírica esta afiada
Sempre acerta.
O poeta é catalizador de catástrofes.
É franco atirador de flores em meio a selvageria
A precisão milimétrica lhes faz de "elite"
E sua cartucheira estará sempre preparada,
...para o próximo tiro!
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Para a criança que virá
Há uma criança
Noto nas curvas do vento
Existe um ser que virá
Acumulando energia e docilidade
Aquela que corre para o amanhã
Há uma criança
Vejo na brisa que passa
Habita em ti um ser que vem
Encarregada de trilhar as tardes
Para que nós, sejamos, plenos.
Noto nas curvas do vento
Existe um ser que virá
Acumulando energia e docilidade
Aquela que corre para o amanhã
Há uma criança
Vejo na brisa que passa
Habita em ti um ser que vem
Encarregada de trilhar as tardes
Para que nós, sejamos, plenos.
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Aula de Dança
Dança comigo neste campo de batalha
Sofre comigo nessa valsa histérica
Corre sobre mim e dascança torpe
A revolução se anuncia nas harpas
Os guerreiros calçam suas sapatilhas
E partem para as trincheiras iluminadas
Fazendo do front um palco
e conduzindo a artilharia com batutas.
Sofre comigo nessa valsa histérica
Corre sobre mim e dascança torpe
A revolução se anuncia nas harpas
Os guerreiros calçam suas sapatilhas
E partem para as trincheiras iluminadas
Fazendo do front um palco
e conduzindo a artilharia com batutas.
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Operário do sonho
Não quero reconhecimento
Quero o que fazer
Alem do cimento
Pra depois dos andaimes
Antes da janta
Enquanto espio a noite
Quero cordas que levam cores
Não baldes cinzentos
Queria um instante de brilho
Mas não os dos vidros que acento
Laminas que correm nas gargantas
Recheadas de fé e contradição
Subiria em uma nota
E deixaria cair à escada
Mostraria ao mestre o melhor contorno
E calaria as britadeiras do peito meu
Assim quando fosse mais que apenas, noite
Cantaria as engenharias do teu corpo
E deitaria em paz no meu jornal.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Galope calado
Quando o mundo sobe aos ombros
É hora de parar, pedir água no boteco mais próximo
Deitar-se na calçada se necessário.
Enxergar como se os olhos gritassem
Gastar alguns minutos a contemplar
Voltar-se para os tempos passados
Deixar as agruras nas soleiras transpassadas
De portas que já não sustentam casas
Paredes que não desmoronam telhados
E lagrimas que não secam mais poços
É preciso tornar-se cativo do sonho
E libertar os faunos d’alma, lhes beijando a
face.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Alienígena
Se estar aqui, é lá no fundo o outro lado
O de lá, do lado de cá é agora, ali
Estando sempre avesso, há verso
Travesso, subo e desço. Galgando estrelas
Querência de labirintos líricos e ventas de
dragão
Chamas em mares de outrora e após calipso
Negro como o leite que sai das profundezas da
terra.
terça-feira, 1 de julho de 2014
Uma pequena saída
Sem você aqui
entorto as linhas
escrevo certo
sou Deus
meus poderes
não te trazem aqui
mas por alguns segundos
sinto seu perfume
Sem você aqui
concerto ilhas
aterro mares
sou teu Deus
sem poderes
mas te trago
comigo
e solto, souto
sagrado querer.
entorto as linhas
escrevo certo
sou Deus
meus poderes
não te trazem aqui
mas por alguns segundos
sinto seu perfume
Sem você aqui
concerto ilhas
aterro mares
sou teu Deus
sem poderes
mas te trago
comigo
e solto, souto
sagrado querer.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
A beira
deitado rente ao nada
equilibrando-se no vento
calado como quem uiva
temia a sordidez
comia a maciez das nuvens
e lembrava-se do futuro
que passou
abandonou as vestes
e selou a morbidez do mundo.
equilibrando-se no vento
calado como quem uiva
temia a sordidez
comia a maciez das nuvens
e lembrava-se do futuro
que passou
abandonou as vestes
e selou a morbidez do mundo.
terça-feira, 29 de abril de 2014
Tiras de couro
Por que será que não morre?!
Some, desaparece no oco do mundo.
Perpetua as lembranças nas flores.
Aquelas que entraram terra adentro.
Por onde vais que não evapora?!
Derrete, decanta a alma,
deixando apenas os botões?
Vira dejeto nas patas de qualquer transeunte.
O mundo leve de não estar em ti, flutuaria.
E os batalhões de moscas celebrariam.
Um anoitecer claro e radiante, brado sol.
Some, desaparece no oco do mundo.
Perpetua as lembranças nas flores.
Aquelas que entraram terra adentro.
Por onde vais que não evapora?!
Derrete, decanta a alma,
deixando apenas os botões?
Vira dejeto nas patas de qualquer transeunte.
O mundo leve de não estar em ti, flutuaria.
E os batalhões de moscas celebrariam.
Um anoitecer claro e radiante, brado sol.
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Uma pitada de sol
Te espero na tarde azul
E meus ouvidos preparados ficam
Teus olhos apressados chegam antes de ti
Preciso aprender a estar
Aqui e lá
Verso solto
Que percorre cego tuas rimas.
E meus ouvidos preparados ficam
Teus olhos apressados chegam antes de ti
Preciso aprender a estar
Aqui e lá
Verso solto
Que percorre cego tuas rimas.
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Crônica das cores vivas
Como eu precisava tanto deste banho?
Desde ontem a água não corre em mim.
Trilhando veredas e as enxaguando, terra ávida.
Lá fora lobos uivam à luz amarela, desértica.
E pessoas desmoronam como servos, selva cinzenta.
Calo-me e deixo à tarde azul de outono, riscar a vida.
domingo, 9 de março de 2014
Uma gota de caos
Na noite caída entre folhas de papel
Romanticamente empoeirado...o caos!
Na rua de ilusões vis e clarões de desejos
Milimetricamente encoleirando pássaros
Mastigam as horas feito pétalas azuis
Na boca do dia nascem os sóis
Já a lua está tão pobre que nem se nota
Há uma estrela entre o olho e céu
Desordeiradamente fácil é de ca(n)tar
A relva grudada no asfalto molhado
De lágrimas, de suor de fluido de isquiro
Nas madrugadas poetas vivem, vivem!
Romanticamente empoeirado...o caos!
Na rua de ilusões vis e clarões de desejos
Milimetricamente encoleirando pássaros
Mastigam as horas feito pétalas azuis
Na boca do dia nascem os sóis
Já a lua está tão pobre que nem se nota
Há uma estrela entre o olho e céu
Desordeiradamente fácil é de ca(n)tar
A relva grudada no asfalto molhado
De lágrimas, de suor de fluido de isquiro
Nas madrugadas poetas vivem, vivem!
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Uma Viagem Solar
Um Céu sólido, ameaça cair
O chão já rachou e teme a morte
As carcaças dos querubins apodreceram
Moscas metafísicas sacodem o ar
A vida passa dentro do bucho d'um cachorro
Serpenteia as memórias de dejetos cósmicos
As nuvens desse verão são de chumbo e salitre
E chove catástrofes pré-anunciadas
Ajusto o capacete solar e praguejo lírios
Meto as botas em pés bichados e corro ao poente
Minha nave explodiu e fujo das sombras
Dragões alimentam fetos enfurecidos
O Gigante abre o aquário seco e decide,
o destino dos abutres que nutre de sonhos.
O chão já rachou e teme a morte
As carcaças dos querubins apodreceram
Moscas metafísicas sacodem o ar
A vida passa dentro do bucho d'um cachorro
Serpenteia as memórias de dejetos cósmicos
As nuvens desse verão são de chumbo e salitre
E chove catástrofes pré-anunciadas
Ajusto o capacete solar e praguejo lírios
Meto as botas em pés bichados e corro ao poente
Minha nave explodiu e fujo das sombras
Dragões alimentam fetos enfurecidos
O Gigante abre o aquário seco e decide,
o destino dos abutres que nutre de sonhos.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Poema/Corpo
O corpo é o habitat da poesia
E só através dele posso te cantar
Te contar, seduzir e embalar
Te entrego meus pelos/versos
Derramo minhas lágrimas/líricas
Oferto meus suores/sabores
O poema vive na carne, na pele...
Mora em ti minha inspiração cotidiana
Morre em mim células de rimas
Passo minha saliva/mel polissilábico
Percorro em ti com meus dedos/pena
Escrevo meu corpo em tuas páginas
Vivo pra perpetuar sorrisos/pautas.
E só através dele posso te cantar
Te contar, seduzir e embalar
Te entrego meus pelos/versos
Derramo minhas lágrimas/líricas
Oferto meus suores/sabores
O poema vive na carne, na pele...
Mora em ti minha inspiração cotidiana
Morre em mim células de rimas
Passo minha saliva/mel polissilábico
Percorro em ti com meus dedos/pena
Escrevo meu corpo em tuas páginas
Vivo pra perpetuar sorrisos/pautas.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Since
Louco ou esquisito
Lenda ou mito
Herói ou bandido
Dejeto ou detrito
De pé ou caído
Marcado ou banido
Poeta.
Original.
Desde.
Sempre.
Lenda ou mito
Herói ou bandido
Dejeto ou detrito
De pé ou caído
Marcado ou banido
Poeta.
Original.
Desde.
Sempre.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
A Verve
Não se pode deduzir o poema
Nem mesmo o poeta ousaria
Método não há para tarefa tal
O princípio é o verbo:
Carne
Osso
Adornos
Adereços
O Capital do poema é a verve!
Nem mesmo o poeta ousaria
Método não há para tarefa tal
O princípio é o verbo:
Carne
Osso
Adornos
Adereços
O Capital do poema é a verve!
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Dias juninos
Há tempos que os ventos dizem no seu embalo.
Que os tempos mudaram.
Há ventos que nunca calam, são só recado.
Há noites de estrelas/palavras sussurros.
Que as brisas esfriam em suores.
Há escuridão em noites quentes, mornas luzes.
Os dias correm feito gazelas, e riem.
Como hienas depressivas do terceiro mundo.
Que os tempos mudaram.
Há ventos que nunca calam, são só recado.
Há noites de estrelas/palavras sussurros.
Que as brisas esfriam em suores.
Há escuridão em noites quentes, mornas luzes.
Os dias correm feito gazelas, e riem.
Como hienas depressivas do terceiro mundo.
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