Um Céu sólido, ameaça cair
O chão já rachou e teme a morte
As carcaças dos querubins apodreceram
Moscas metafísicas sacodem o ar
A vida passa dentro do bucho d'um cachorro
Serpenteia as memórias de dejetos cósmicos
As nuvens desse verão são de chumbo e salitre
E chove catástrofes pré-anunciadas
Ajusto o capacete solar e praguejo lírios
Meto as botas em pés bichados e corro ao poente
Minha nave explodiu e fujo das sombras
Dragões alimentam fetos enfurecidos
O Gigante abre o aquário seco e decide,
o destino dos abutres que nutre de sonhos.
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