Um Céu sólido, ameaça cair
O chão já rachou e teme a morte
As carcaças dos querubins apodreceram
Moscas metafísicas sacodem o ar
A vida passa dentro do bucho d'um cachorro
Serpenteia as memórias de dejetos cósmicos
As nuvens desse verão são de chumbo e salitre
E chove catástrofes pré-anunciadas
Ajusto o capacete solar e praguejo lírios
Meto as botas em pés bichados e corro ao poente
Minha nave explodiu e fujo das sombras
Dragões alimentam fetos enfurecidos
O Gigante abre o aquário seco e decide,
o destino dos abutres que nutre de sonhos.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Poema/Corpo
O corpo é o habitat da poesia
E só através dele posso te cantar
Te contar, seduzir e embalar
Te entrego meus pelos/versos
Derramo minhas lágrimas/líricas
Oferto meus suores/sabores
O poema vive na carne, na pele...
Mora em ti minha inspiração cotidiana
Morre em mim células de rimas
Passo minha saliva/mel polissilábico
Percorro em ti com meus dedos/pena
Escrevo meu corpo em tuas páginas
Vivo pra perpetuar sorrisos/pautas.
E só através dele posso te cantar
Te contar, seduzir e embalar
Te entrego meus pelos/versos
Derramo minhas lágrimas/líricas
Oferto meus suores/sabores
O poema vive na carne, na pele...
Mora em ti minha inspiração cotidiana
Morre em mim células de rimas
Passo minha saliva/mel polissilábico
Percorro em ti com meus dedos/pena
Escrevo meu corpo em tuas páginas
Vivo pra perpetuar sorrisos/pautas.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Since
Louco ou esquisito
Lenda ou mito
Herói ou bandido
Dejeto ou detrito
De pé ou caído
Marcado ou banido
Poeta.
Original.
Desde.
Sempre.
Lenda ou mito
Herói ou bandido
Dejeto ou detrito
De pé ou caído
Marcado ou banido
Poeta.
Original.
Desde.
Sempre.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
A Verve
Não se pode deduzir o poema
Nem mesmo o poeta ousaria
Método não há para tarefa tal
O princípio é o verbo:
Carne
Osso
Adornos
Adereços
O Capital do poema é a verve!
Nem mesmo o poeta ousaria
Método não há para tarefa tal
O princípio é o verbo:
Carne
Osso
Adornos
Adereços
O Capital do poema é a verve!
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Dias juninos
Há tempos que os ventos dizem no seu embalo.
Que os tempos mudaram.
Há ventos que nunca calam, são só recado.
Há noites de estrelas/palavras sussurros.
Que as brisas esfriam em suores.
Há escuridão em noites quentes, mornas luzes.
Os dias correm feito gazelas, e riem.
Como hienas depressivas do terceiro mundo.
Que os tempos mudaram.
Há ventos que nunca calam, são só recado.
Há noites de estrelas/palavras sussurros.
Que as brisas esfriam em suores.
Há escuridão em noites quentes, mornas luzes.
Os dias correm feito gazelas, e riem.
Como hienas depressivas do terceiro mundo.
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