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terça-feira, 8 de março de 2016

o terceiro acorde

visualizei os acordes que o bruxo tocava
não pude deixar de anotar os signos
deixei escapar pouquíssima coisa

enquadrei cada semente numa caixa
cataloguei os espinhos enquanto os retirava
                                                           da epiderme
já cansado, quase não notei o ir e vir de rinocerontes


cavei uma toca e passei a noite no deserto
verifiquei que os demônios que vivem nele
são rudimentares, pobres pássaros sombrios...

livrei-me do sangue do açoite e segui viagem
nunca saberei onde é o norte... barco louco
fugaz como o nevoeiro, saio sem deixar cair

colaboro com o destruição que insistente, reparo




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