Sou da altura das ambições dos meus
Prefiro a poesia da esquina de casa
Acredito nos deuses que dançam mais eu
Considero fundamental a forma das ruas
Manipulo os pensamentos comuns
Construo fábulas com os cachorros magros
Alimento o sonho dos macacos ladrões
Descarrego os caminhões de melancia
Beijo os velhos na mesa de damas
Cumprimento as senhoras na porta da igreja
Canto a tarde que vai e faço melodia com o vento
Não me contento com o obvio, nem o iludo
Avalio o dia pelo número de sorrisos
Conto cada lágrima como um tijolo de alicerce
Mando a merda os escritores de gabinete
Malandreio o medo que tens
E falo sempre o que transborda do peito
Esqueça que me ouviu, desconsidere que me conheceu
Lembre-se que nunca estive aqui, sempre acabo cedo
Morra por mim e não será justo
Aqui jaz a poesia do sub-tudo.
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