Visto o mesmo manto
Encaro as mesmas luzes
Sou o mesmo Santo
Dias de trovão e água turva
Cachoeira de queda mansa
Digo, não nego o pedido
Ainda que seja amanhã o desencontro, amigo
Meu corpo é lenda do teu folclore
Desacato toda a autoridade vã
Me alistei na tropa de quem anda comigo
Saio pelas ruas sem medo do que virá
Caio no Rio e rio da tua besteira
Saibas tu que nunca me encontrarás de bobeira
Ainda que o breve encontro me cale, desfiladeiro
Coço minha barba que se embranquece
Penso no céu estremecido e quente
São fogos e lágrimas que vem e(m) vão!
Minhas páginas de livros não escritos
Os amores que nunca tive ou terei
São acalantos nessa vida, breve
Ao meu Sul uma constelação...