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terça-feira, 26 de maio de 2020

Trovão Menino

Visto o mesmo manto
Encaro as mesmas luzes
Sou  o mesmo Santo

Dias de trovão e água turva
Cachoeira de queda mansa
Digo, não nego o pedido

Ainda que seja amanhã o desencontro, amigo

Meu corpo é lenda do teu folclore
Desacato toda a autoridade vã
Me alistei na tropa de quem anda comigo

Saio pelas ruas sem medo do que virá
Caio no Rio e rio da tua besteira
Saibas tu que nunca me encontrarás de bobeira

Ainda que o breve encontro me cale, desfiladeiro

Coço minha barba que se embranquece
Penso no céu estremecido e quente
São fogos e lágrimas que vem  e(m) vão!

Minhas páginas de livros não escritos
Os amores que nunca tive ou terei
São acalantos nessa vida, breve

Ao meu Sul uma constelação...