a luz desse fim de tarde
de um Dezembro
me faz ter esperança
é um acalanto surdo
pra esse meu peito
mudo
agradeço ao rei
contemplo o rei
sou rei
e sigo sendo uma sandice
das sucursais do mundo
calibragem de eros
caíram à sua frente um batalhão
de Miseráveis
soluçará uma febre atônita
e eu passarei ileso
passo
tenho régua e compasso
indefeso
marco a gás as paredes
do grande
útero da
terra
e nasço
a cada
entardecer
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
gás do lamento
o fascismo
foi entrando pela fresta do concreto
pelos cantos das salas
nas brechas do tempo
e hoje
é como um vírus silenciosos e fatal
eu e loucos todos
todos errados, errantes
somos travessuras da bruxa
catequese do desespero
foi entrando pela fresta do concreto
pelos cantos das salas
nas brechas do tempo
e hoje
é como um vírus silenciosos e fatal
eu e loucos todos
todos errados, errantes
somos travessuras da bruxa
catequese do desespero
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
Soprando um poema no ouvido
Estou leve
Como se pluma fosse
Gosto do sabor do vento
Estive antes solidificado
Aquela altura era um meteorito
Gostaria de conhecer a fé do acaso
Acabarei fluido e seco
Isqueirando algum cigarro por aí...
Ficarei com o dom feitiço do aroma.
Como se pluma fosse
Gosto do sabor do vento
Estive antes solidificado
Aquela altura era um meteorito
Gostaria de conhecer a fé do acaso
Acabarei fluido e seco
Isqueirando algum cigarro por aí...
Ficarei com o dom feitiço do aroma.
sábado, 21 de outubro de 2017
Tenho o olhar sincero
E isso me salva, acalma meus predadores
Os embriaga.
Quem me guarda aparece sempre em minhas lágrimas
Tenho os olhos profundos, salobros
Tenho o olhar de nuvem, cato formas em desalinho
Fujo do meio da tempestade, basta verificar o
entorno
Tenho sempre comigo miragens, as lanço ao acaso.
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
Sonho de poeta
Hoje quis ser poeta
Viver de versos
Morrer de lirismo tuberculoso
Traído, faria canções de sofreguidão
Bateria a maquina uma vasta estória
Fumaria balões de revista em quadrinho
Meu sonho, ser poeta
Minha alucinação.
Viver de versos
Morrer de lirismo tuberculoso
Traído, faria canções de sofreguidão
Bateria a maquina uma vasta estória
Fumaria balões de revista em quadrinho
Meu sonho, ser poeta
Minha alucinação.
quarta-feira, 24 de maio de 2017
umabombanopeito
Fico pensando na dor dos outros, esqueço a minha
Um sorriso matinal
Uma olhada despretenciosa no céu
Quase perco a inspiração hoje a tarde
Caiu do meu bolso ao soluçar
Por um triz, dois dedos
Não tropeço numa mágoa
A multidão enorme massa carapálida
Apela para o fauno
Minha Espanha é logo ali
Guernica perdida nas veredas...
sexta-feira, 14 de abril de 2017
Manchete de carnaval
Eu quero que morra a bailarina vermelha!
Que arranquem suas roupas e joguem seu corpo no rio.
Que tudo seja ainda mais vermelho.
Verei queimar as tranças da bailarina vermelha.
Seu sorriso já não estará completo, pois, faltam alguns brilhantes.
Suas pernas cumpridas, agora estão envergadas.
Com um porrete deram-lhe na cabeça.
Souberam por aí, que fora dilacerada por um caminhão.
Contam a boca miúda, que já não seduz...
Mandaram-lhe um recado, mas, arrogantemente, deu de ombros.
Na terça de carnaval, foi manchete no jornal da capital.
Assumiu publicamente a autoria.
Um pierrô, enciumado.
Ps.Recorte a notícia e cole no espelho do banheiro.
Que arranquem suas roupas e joguem seu corpo no rio.
Que tudo seja ainda mais vermelho.
Verei queimar as tranças da bailarina vermelha.
Seu sorriso já não estará completo, pois, faltam alguns brilhantes.
Suas pernas cumpridas, agora estão envergadas.
Com um porrete deram-lhe na cabeça.
Souberam por aí, que fora dilacerada por um caminhão.
Contam a boca miúda, que já não seduz...
Mandaram-lhe um recado, mas, arrogantemente, deu de ombros.
Na terça de carnaval, foi manchete no jornal da capital.
Assumiu publicamente a autoria.
Um pierrô, enciumado.
Ps.Recorte a notícia e cole no espelho do banheiro.
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