Dança comigo neste campo de batalha
Sofre comigo nessa valsa histérica
Corre sobre mim e dascança torpe
A revolução se anuncia nas harpas
Os guerreiros calçam suas sapatilhas
E partem para as trincheiras iluminadas
Fazendo do front um palco
e conduzindo a artilharia com batutas.
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Operário do sonho
Não quero reconhecimento
Quero o que fazer
Alem do cimento
Pra depois dos andaimes
Antes da janta
Enquanto espio a noite
Quero cordas que levam cores
Não baldes cinzentos
Queria um instante de brilho
Mas não os dos vidros que acento
Laminas que correm nas gargantas
Recheadas de fé e contradição
Subiria em uma nota
E deixaria cair à escada
Mostraria ao mestre o melhor contorno
E calaria as britadeiras do peito meu
Assim quando fosse mais que apenas, noite
Cantaria as engenharias do teu corpo
E deitaria em paz no meu jornal.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Galope calado
Quando o mundo sobe aos ombros
É hora de parar, pedir água no boteco mais próximo
Deitar-se na calçada se necessário.
Enxergar como se os olhos gritassem
Gastar alguns minutos a contemplar
Voltar-se para os tempos passados
Deixar as agruras nas soleiras transpassadas
De portas que já não sustentam casas
Paredes que não desmoronam telhados
E lagrimas que não secam mais poços
É preciso tornar-se cativo do sonho
E libertar os faunos d’alma, lhes beijando a
face.
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