Aquela morna sensação de uma saudade quente
Carbono e sal, flores mortas de verão e muito calor
Queria que tu viesse, ou que eu fosse...
Mudaria a estação do rádio e uma primavera brotaria do asfalto.
Quase morri noutra manhã e tua mão me trouxe de volta, são.
Penso que a muito tempo viajo a procurar-te e encontrei-a.
Ó amada mulher que paira nos meus sonhos e delírios.
Imensa deusa de minha vida diminuta e fugaz...
Chegada do meu alvorecer, esperei por eras tua presença sublime
Viverei milênios dessa satisfação inacabável de tuas bocas, amoras
Não sei fazer casebres de palha que nosso fogo lamberia em segundos
Mas prometo-te um castelo de pedras pesadas e soladíssimas, fortaleza.
Milagres nascerão e crescerão correndo e gritando maluquices, sabores.
O céu se encantará de nós e subiremos aos altares dourados de tuas auréolas.